A Educação é base principal para uma sociedade consciente, lutadora por seus direitos e deveres e cumpridoras das Leis que as rege. Assim sendo, a Escola que escolhi analisar foi a EEM Dragão do Mar, localizada no Bairro Mucuripe. É uma Escola de médio porte com 815 alunos, funcionando com a Modalidade Educação Básica, nos três turnos, com o Nível de Ensino Médio do 1º ao 3º ano.
A escola está sob a jurisdição da SEFOR/SEDUC, que orienta sobre as diretrizes que as Instituições de Ensino devem seguir, e nessa sistemática inclui a “Prova” para que seja um dos instrumentos da Avaliação como suporte de avaliar o ensino e a aprendizagem do aluno.
É notório que o “Instrumento Prova” por si só, não mede conhecimento de ninguém, é necessário que seja colocado a serviço da comunidade escolar, um conjunto de proposta para que seja analisada e trabalhada no meio escolar e daí obter o traçado como metas e objetivos a ser alcançados e colher do aluno as habilidades e competências que cada um pode desenvolver.
No Fórum anterior dissertei sobre Avaliação Interna e Externa, comentando que a Avaliação Interna é a realizada dentro do espaço escolar e que avalia o processo de ensino e de aprendizagem do aluno e de todo o funcionamento da Instituição, tendo como proposta um processo contínuo e sistemático com o objetivo de apreciar como estão a ser prosseguidas as metas educativas a fim de ajustar ao contexto, fundamentar a tomada de decisões e prestar contas a toda comunidade É curioso que a “moda” atual é falar em Gestão Participativa, mas no ato avaliativo a participação não é trabalhada eficazmente, pois os critérios e os procedimentos não são claros. Uma escola não tem melhor maneira de cumprir a sua missão do que cultivar a interação com todas as forças vivas e ativas do meio envolvente. Entendo que, todo o processo avaliativo deve ser (constar) o processo de auto-avaliação e que deve ser entendido como um caminho para a partilha de conhecimentos entre todos os membros da comunidade educativa e possíveis parceiros externos, construindo-se um ambiente propício à aprendizagem. Nesse sentido a escola deve constituir um processo de mudança e de promoção da melhoria, devendo ser participativo, estendendo-se a todos os atores da comunidade escolar (direção, professores, pessoal não docente, pais) contando com a colaboração de todos formando uma escola educativa. Nesse sentido, a Avaliação Interna da escola deve articular a prestação de contas sobre o uso dos seus recursos humanos e materiais face aos resultados escolares alcançados com o propósito único o de promover a melhoria da organização, sendo a questão fundamental do trabalho de determinar de que forma a política educativa da escola pode influenciar as aprendizagens dos alunos. O envolvimento de todos os elementos da comunidade educativa é essencial, visto a sua participação na definição, escolha e interpretação dos indicadores, facilita a apreensão da sua utilidade detectando-se os contributos e as linhas orientadoras de aperfeiçoamento quer ao nível do ensino, como no modo de funcionamento da instituição.
A Escola em análise necessita melhorar em muitos pontos, em especial com os objetivos com que é aplicada a avaliação e expor para os alunos os critérios do processo de avaliação que estão realizando. Então a avaliação sendo participativa pode-se ser entendida como ponto forte: liderança aberta a inovação; gestão das parcerias; bons níveis de satisfação dos alunos para com a escola; boa imagem na comunidade; bons resultados acadêmicos.
O artigo 49.° da Lei de Bases do Sistema Educativo, preconiza uma ”avaliação continuada, que deve ter em conta os aspectos educativos e pedagógicos, psicológicos e sociológicos, organizacionais, econômicos e financeiros e ainda de natureza político-administrativa e cultural”. Nesse sentido é importante a sua implantação na coletividade e na articulação com todos.
Para revitalizar a proposta de avaliação da escola, proponho elaborar uma proposta de intervenção levando em conta aspectos de satisfação e insatisfação da comunidade escolar e minimizar a frustração de resolver a “prova” sem ter o conhecimento necessário dos seus critérios e procedimentos da tal.
Intervenção:
1. Reunir os alunos e dialogar sobre os critérios que cada professor adota na elaboração de sua prova e o que cobra como habilidade e competência por parte do aluno;
2. A avaliação deverá ser contextualizada fazendo referência no enunciado sobre o conteúdo que consta a questão;
3. Instruir o aluno para a leitura atenciosa para cada questão;
4. Incentivar o aluno a ser um pesquisador curioso de novas aprendizagens;
5. Divulgar o calendário das Provas com pelo menos 3 dias de antecedência;
6. Ter critérios para correção;
7. Mostrar as questões com maior porcentagem de erros e acertos;
8. Trabalhar as questões com maiores números de erros;
9. Socializar os resultados com a turma através de gráficos;
10. Levantar dados estatísticos com a equipe de professores;
11. Se apropriar de que necessita trabalhar em conjunto.
A escola é o espaço da construção e reconstrução do saber, por isso a sua interligação, interação e socialização são instrumentos importantes para a convivência democrática e a aprendizagem satisfatória do aluno, porque entendo a educação como uma prática social que ocorre em diferentes espaços e momentos da produção da vida social, articuladas com a trajetória histórico-cultural dos alunos como consta na LDB.
Vamos interagir?
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